quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Artigo - Doenças e tratamentos

Doenças e tratamentos

ACIDOSE: pH 5,5 ou menor, causa eriçamento das escamas e nadadeiras fechadas, o peixe nada em círculos, depois começa a tremer e finalmente morre. Corrija o pH gradualmente,antes que isso aconteça.

ALCALOSE: pH 8 ou maior, principalmente em água mole, o bicarbonato de cálcio presente na água se transforma em carbonato de cálcio insolúvel que ataca as guelras enadadeiras, provocando seu desfiamento e tornando a pele opaca. Corrija o pH gradualmente, antes que o peixe morra.

ÂNUS AVERMELHADO: com saída de mucosidade ou catarro intestinal: o peixe apresenta falta de apetite, emagrecimento e saída de mucosidade (catarro) pelo ânus; é uma inflamação dos intestinos (enterite) causada por má alimentação, como alimentos secos de má qualidade, com excesso de gordura ou proteínas, excesso de alimentação com tubifex. Deixar o peixe afetado uma semana sem comer e reiniciar a alimentação de forma correta, veja aqui como proceder.

Argulose ou piolho d'água: é causada por um crustáceo parasita (Argulus Foliaceus) de 4 a 5 mm o macho e 7 mm a fêmea. O sintoma mais claro são manchas vermelhas na pele dos peixes, onde o crustáceo aplicou seu ferrão. Retirar o peixe e tocar o parasita com algodão com água salgada, também pode ser usado banhos com permanganato de potássio 1 g / 100 litros de água, durante 10 a 30 minutos, repetindo novamente uma semana depois. É necessário desinfetar o aquário antes de colocar os peixes novamente.

AVITAMINOSE E HIPOVITAMINOSES: são causadas pela falta total ou deficiência de vitaminas. Aparecem furos sobre os opérculos, guelras inflamadas, feridas avermelhadas pelo corpo, lábios feridos e em geral atacados por fungos. É causada por uma alimentação deficiente e pouco variada, utilize sempre os melhores alimentos e varie o cardápio, oferecendo também alimentos vivos. Administre um complexo vitamínico usado para pássaros, embebendo a comida em flocos nele ou então utilize artêmias previamente alimentadas com o produto. Veja na página sobre alimentação mais orientações.

BARRIGA INCHADA: pode ser sintoma de Ascite Infecciosa ou Hidropsia, hipertrofia (aumento) dos órgãos internos, gases, prisão de ventre, etc. Pode ser causada por uma alimentação deficiente e pouco variada, deixe o peixe afetado 1 dia ou 2 sem comer e reinicie a alimentação de forma correta, utilize sempre os melhores alimentos e varie o cardápio, oferecendo também alimentos vivos. Porém se for Ascite não há nada a fazer, pois ela não tem cura. Veja também Hidropsia, a seguir.

BRANQUITE (inflamação das brânquias): sintomas > brânquias inflamadas, indiferença geral, apatia, e às vezes manchas brancas sobre o corpo. Transfira o peixe para o aquário hospital e aumente a aeração, diminua a quantidade de alimentos vivos.

CATARATA VERMINÓTICA: É causada pela larva de um verme, o Hemistomum spathaceum, cujo adulto é parasita de pássaros aquáticos e cujos ovos saem com suas fezes, caindo na água onde eclodem e as larvas vão infestar o peixe. Não há transmissão de peixe a peixe, porque o verme precisa de uma ave como hospedeiro intermediário, para que se torne infestante. Tratamento: sulfamerazina-sódio, 1 g por litro de água 2 a 3 semanas; Fuadin, 5 ml para 100 litros de água; tártaro emético, 150 mg para 100 1 de água.

CHOQUE: É um acidente comum em peixes recém capturados ou quando são transferidos de aquários com diferentes temperaturas (choque térmico). Quando intenso, pode ser fatal. Sintomas: aceleração dos movimentos respiratórios, o peixe nada com as nadadeiras dobradas e se esconde pelos cantos ou tocas. Quando se assusta, foge apavorado. Tratamento: separar o peixe em outro aquário, deixá-lo bem quieto, dar-lhe um abrigo e iluminar o aquário, quando necessário.

COCCIDEOSE OU EIMERIOSE. É causada por um parasita, um coccídeo, a Eimeria cyprini. Sintomas: olho fundo, fezes amarelas e o doente nada de cabeça inclinada para baixo. Tratamento: banho rápido em solução de sal, 20 g para 5 litros de água.

COLORAÇÃO PRETA: Pode ser uma doença intestinal (quando a cor não é a normal do peixe). Quando a região que fica preta é a cauda, podemos suspeitar de uma Mylosomose, principalmente quando vem acompanhada dos sintomas dessa doença.

CONGESTÃO OU INFLAMAÇÃO DAS NADADEIRAS: Elas ficam congestionadas (vermelhas) devido à maior quantidade de sangue nelas existentes. Suas causas são, em geral, temperatura inadequada, esfriamento ou superalimentação. Tratamento: banhos de permanganato de potássio, 1 g para 100 litros de água ou de água salgada, 1 g de sal para 1 litro de água, durante 3 min.

CONSTIPAÇÃO OU PRISÃO DE VENTRE: Sintomas: perda de apetite, apatia, gases saindo do ânus, fezes duras e compridas como filamentos pendurados no peixe e por ele sendo arrastadas, quando nada; ventre aumentado, ficando ele com a barriga grande. Causas: defeitos de alimentação, principalmente quando dados alimentos secos e enquitréias. Alimentação variada e com alimentos vivos como minhocas, larvas de mosquitos etc, evita o seu aparecimento. Tratamento: dar óleo de rícino ou outro laxante especial vendido no comércio, como o agar-agar, sal de Epson etc. Podemos dá-los por via oral (boca), embebidos em alimentos secos ou sob a forma de clister, por via anal. Deixar o peixe jejuar alguns dias e depois dar-lhe os alimentos vivos já mencionados, exceto minhocas brancas, porque provocam constipação.

COSTÍASE: É produzido pelo Costia necatrix, flagelado de 15 a 20 micra, que só ataca quando o peixe tem queda de resistência. Localiza-se principalmente sobre as nadadeiras moles que ficam opacas ou turvas. Há entumescimento dos tecidos e hemorragias. O peixe passa a nadar aos balanços, e fica cada vez mais fraco. Não é comum em peixes tropicais. O parasita morre em 30 a 50 min quando fora do peixe, em água acima de 30° C. Quanto maior, mais resistente é o peixe, embora possa morrer, se não for tratado. Tratamento: uma boa alimentação e formalina, 0,85 a 2 ml de uma solução a 40% para 10 litros de água, banhos repetidos de 2 em 2 dias; sal comum, 10 a 15 g para 1 litro de água, banho de 15 a 30 min, de 2 em 2 dias até à cura, mas mudando o peixe de aquário; Tripaflavina, 1 g para 100 litros de água, banhos de 2 em 2 dias cura a doença em 10 dias; Hidrocloreto de quinino 1,3 a 1,6 para 51 de água em aquário sem planta e banho prolongado até à cura.

DACTILOGIROSE (FLUKES ): Produzida pelo Dactylogirus, verme parasita de 4 olhos e 2 trombas ligadas às glândulas que secretam um líquido irritante. Típico das guelras, é mais perigoso que o Gyrodactylus. O paciente boqueja, suas guelras aumentam, ficam pálidas, salientes e com as bordas engrossadas, forçando os opérculos a ficarem entreabertos. O parasita se fixa no peixe por meio de um disco especial e introduz sua tromba para sugar-lhe o sangue. Reproduz-se por ovos. No início da doença, podemos tentar o tratamento com azul de metileno, 2 mg por litro de água; 2 ml de formalina a 40% para 10 litros de água, banhos de 30 a 45 min, retirando o peixe, logo que apresente sinais de angústia. Usar aeração durante o tratamento. Após 3 dias, trocar metade da água e depois de mais 3 dias, trocar, também metade da água. Banho de sal comum, 10 a 15 g por litro de água, 20 min; ácido acético glacial, 1 parte para 500 partes de água, repetindo 3 dias depois; formaldeído, banhos de 5 a 10 min. Pouco comum nos aquários de peixes ornamentais. Quando a infestação é grande, pode haver destruição do tecido branquial e ruptura de vasos, com a morte por asfixia ou hemorragia.

DEFORMAÇÕES DOS MAXILARES: São provocadas, em geral, pelo Mylosoma cerebralis, como na milosomose.

DESCAMAÇÃO:Pode ser sintoma de tuberculose.

DIPLOSTOMÍASE: Produzida pelo verme Neodiplostomum cuticola, em sua forma larval e que fica enquistado, cercado por células pigmentares que dão, por fora, a impressão de pontos pretos. Quando os pontos são muito pequenos, são amarronzados. O quisto contém o verme que vive enrolado e com movimentos muito lentos. Para que infeste um peixe, é preciso que complete seu ciclo evolutivo: um pássaro aquático serve de hospedeiro para o parasita que se localiza no seu intestino. Ao defecar, lança os ovos do verme na água, onde eclodem e as larvas infestam caramujos, passando deles para os peixes. Quando o peixe é comido por uma ave aquática, recomeça o ciclo evolutivo. Para evitar a doença, basta não ter caramujos no aquário. Tratamento: ácido pícrico, 1 g para 1001 de água. Usar 2 a 7 ml para 1 litro de água, para banho de 1 hora. Caso o peixe apresente algum problema, retira-lo imediatamente do banho.

DOENÇA DO ALGODÃO; FUNGO BUCAL; MOFO DOS PEIXES; LIMO DOS PEIXES: Muito contagiosa, causada pela bactéria Flexibacter columnaris; ataca peixes marinhos e de água doce. Sintomas: formações, linhas ou manchas branco-azuladas em volta dos lábios dos peixes, os quais ficam inchados, as partes atacadas necrosadas e depois com as lesões com aspecto de maceradas; perda de apetite; os movimentos vão se tornando lentos, toda a parte frontal da cabeça é atacada e o peixe morre. O nome popular "mofo dos peixes" está errado, pois é uma doença por bactéria e não por fungo. O corpo do animal fica revestido por uma camada que parece limo. Tratamento: aureomicina ou terramicina, 50 mg para 5 litros de água, podendo curar em 48 horas; pincelar o local com mertiolato (tintura), pode curar a doença com uma só aplicação; 10.000 a 25.000 U.I. de penicilina por litro de água, repetindo a dose, se preciso, ou 50.000 U.I. curam em 4 a 5 dias; verde-brilhante (VERDE MALAQUITA) dissolvido em álcool etílico; Phenoxethol, sulfamidas, cloromicetina ou acromicina também curam. A mortalidade é de 100% para os peixes sem tratamento.

DOENÇA DO NEON OU PLISTOFOROSE: É produzida pelo Plistophora hyphessohryconis (esporozoário). Ataca principalmente os neons tetra e outros peixes como os paulistinhas, o espada, o engraçadinho etc. Sintomas: perda de apetite, nada sem parar, inclusive à noite; fica muito agoniado, nada em posição anormal (oblíqua); apresenta descoloração, como nos casos do neon tetra e do cardinal, nos quais começa como manchas que se estendem até atingir sua faixa fosforescente; fica separado do cardume; emagrece, ficando desbarrigado; há endurecimento e destruição dos tecidos. Ataca os rins. Não há tratamento especifico. Tentar banho em uma solução de 2,5 g de euflavina ou 2 g de azul de metileno para 100 litros de água, durante 15 dias. Pode ser tentado também o formaldeído. A cura é difícil.

DOENÇA DAS BORBULHAS: Causas: super aeração da água ou aumento da sua pressão gasosa sobre o peixe, fazendo com que os gases que seriam por ele eliminados, se acumulem debaixo da pele, podendo até matá-lo. Uma boa aeração ou a troca, mesmo que parcial, da água, resolvem o problema.

DOENÇA DOS NÓS: É um nome dado a várias doenças que apresentam os mesmos sintomas, mas causas diferentes. Sintomas: quistos ou nós na pele, confundidos, às vezes, com os do Ichthyophthirius ou com bolhas ou bolsas provocadas por processos ocorridos no interior dos músculos. Esse grupo de doenças é produzido por esporozoários, parasitas protozoários em forma de amebas, que se reproduzem enquistando no hospedeiro e produzindo centenas ou milhares de esporos de 4 a 20 micra. São encontrados nos órgãos dos peixes, mas raramente na pele, onde são confundidos com os do Ichthyophthirius, mas que não podem ser curados com azul de metileno ou quinino, como ele. Entre os desse grupo temos o Alburnus lucidus; Glugea anomala; Henneguya sp; Leucistus rutilus; Myxolobus dispor; M. exiguus e M. oviformis. Dificilmente atacam um aquário. Não há tratamento.

DOENÇA DOS PONTOS DAS NADADEIRAS DOS LABIRINTÍDEOS: É causada pelo Pseudomonas fluorescens. Sintomas: pontos corroídos, às vezes vermelhos cor de sangue na pele e pontos vermelhos claros na pele e nadadeiras. É em geral acompanhada por uma infestação por fungos. Essa bactéria vive livre, sendo uma das mais comuns em aquários. Nos labirintídeos não há o aparecimento de ulcerações ou tumores, como ocorre nas lampréias e enguias. Sintoma principal: presença de uma camada de pó brilhante sobre todo o corpo, nadadeiras, cauda e guelras, onde causa hemorragias e onde deixa seus filamentos. Começa provocando certa irritação e dificuldade respiratória, inclusive aceleração dos movimentos respiratórios. Perda de apetite, movimentos lentos, nadadeiras permanecem dobradas, vem a perda do equilíbrio e o peixe morre. Quando o parasita penetra no cérebro, há descoordenação de movimentos. Podem aparecer úlceras na pele, com cistos do parasita. São encontrados no coração, fígado, baço, rins, estômago, intestinos e órgãos reprodutores. Os cistos são como que grãos cinza esbranquiçados ou laranjas contendo o parasita e encontrados entre os tecidos, parecendo pedrinhas ou areia. Devem ser retirados com uma pinça. Essa doença pode se espalhar rapidamente. Em geral surgem doenças secundárias. Tratamento: sulfato de cobre, 1 g para 1 litro de água e colocar 1 ml dessa solução para cada 2 litro de água do aquário. Repetir a dose 48 horas depois, se não houver melhora acentuada. Antes da aplicação, isolar o doente em outro aquário. Acriflavina dá bons resultados. Elevar a água a 28° C facilita a saída dos parasitas para a água, onde são liquidados.

DOENÇAS DA BEXIGA NATATÓRIA: Sintomas: anormalidades no nadar, pois o peixe fica com a cabeça caída para baixo e para a frente, não consegue ficar nivelado e tem dificuldade para subir à tona, permanecendo às vezes no fundo ou então na superfície, de barriga para cima. Sua causa em geral é alimentar, devido a uma alimentação deficiente e não variada. Basta que seja corrigida a alimentação para os sintomas desaparecerem. Pode ter outras causas como uma paralisia da própria bexiga natatória, por mudança brusca ou acentuada da temperatura. Neste caso; baixamos o nível da água a no máximo 3 vezes a altura do peixe na sua posição normal, pois sendo obrigado a permanecer no fundo, deixa de absorver ar, aumentando suas probabilidades de cura, já bem grandes. Degeneração da bexiga natatória, sintoma de doença infecciosa como a ascite (pelo Ichthyophonus) são outras de suas causas. Os distúrbios do equilíbrio podem ter outras causas como produção de gases intestinais (mesmo tratamento que para a constipação). Não é mortal e o peixe pode viver muito tempo. Boa alimentação e controle da temperatura a evitam. Não há tratamento específico.

DOENÇAS DA PELE: A pele do peixe tem uma camada exterior, a epiderme, que secreta um muco viscoso cobrindo todo o corpo do peixe, como uma verdadeira película protetora contra bactérias, fungos etc e que aumenta muito quando a pele fica irritada por picadas, ferimentos etc. A sua diminuição pode ser sintoma de anormalidade. A derme, camada inferior da pele, é formada por feixes de tecidos bastante vascularizados. As escamas são nela fixadas por ligamentos e cobertas por células epiteliais. Quando alguma bactéria penetra no alvéolo onde se fixa a escama e provoca uma inflamação, há logo a produção de exudato (líquido) que causa uma pressão forçando o eriçamento das escamas. Sob a derme estão as células gordurosas, enquanto entre ela e a epiderme, ficam os cromatóforos ou células pigmentares que dão as cores aos peixes. Os peixes com saúde têm sua cor normal. Uma palidez ou descoloração podem significar alteração passageira, mimetismo, doença ou um choque, que ocorre em geral quando um peixe tropical, p. ex. é colocado em aquário com água fria ou sofre mudanças bruscas de temperatura.

EMAGRECIMENTO; OCTOMICOSE: Quando o peixe emagrece muito, não sendo por fome, podemos pensar em tuberculose e depois em octomicose, produzida por um flagelado que vive em seus órgãos internos, o Octomitus. Ataca os peixes vivíparos, o Cichlasoma, o Discus, o Heterandria, o Scalare etc. Usar tripaflavina ou calomelano na dose de 2 g para 1 k de alimentos, durante 4 dias.

ENVENENAMENTO OU INTOXICAÇÃO: Causas: ingestão de alimentos estragados, águas poluídas e outras de ordens química ou biológica. Não é doença mas pode ser mortal, se o peixe não for removido do aquário contaminado e colocado em outro com água limpa, nova e de boa qualidade (vêr intoxicações).

ESCAMAS ERIÇADAS: Pode ser em todo o corpo ou em apenas algumas partes. Quando é generalizada, encontramos pontos vermelhos ou equimoses pelo corpo e nadadeiras. As escamas podem ficar dilaceradas e até mesmo cair, se o peixe sofrer alguma fricção. Elas ficam eriçadas devido à pressão dos líquidos contidos nos tecidos, bastando fazermos uma pressão sobre uma escama, para que debaixo dela saia esse líquido. Podem ser sintoma de várias doenças como hidropsia pelo Vibrio piscium e muito contagiosa ou pelo Bacterium lepidorthosae (lepidortose). Sintomas: curso lento; levantamento das escamas 3 a 4 semanas depois da contaminação; movimentos lentos; respiração acelerada; cauda fica paralisada; doente fica só perto da superfície e morre em poucos dias. Quando a infecção é aguda, nem há eriçamento das escamas, mas as manchas na pele da barriga, sempre aparecem. Nos aquários, ocorre principalmente nos laberintídeos e com mais freqüência, nos betas e peixes paraiso. Embora contagiosa, não provoca epizootias. Não há tratamento eficaz e o doente deve ser sacrificado, o aquário bem desinfetado e trocada toda a água. Tratamento: tentar com tripaflavina, 1 ml para 201 de água, banhos de 24 a 48 horas. Desinfetar o aquário com permanganato de potássio a 2%.

EXOFTALMIA, OLHOS SALTADOS OU POP-EYE: Mais comum nos peixes de água salgada do que nos de água doce. Pode ser uma simples inflamação, podendo o peixe curar-se; uma hemorragia dos capilares, por pressão interna de gás; uma hidropsia etc. Em geral devemos sacrificar o doente. Pode ser conseqüência de tuberculose ou infecção pelo Pseudomonas punctatus, embora nem sempre ele seja encontrado nas lesões. Sintomas: 1 ou 2 olhos aumentados, parecendo que vão saltar das órbitas. Os escalares são muito sujeitos a ela. Tratamento: o mais simples é com o banho de sal durante 36 horas e depois aplicação de um colírio como o Argirol a 5 % . Não há tratamento específico. Baixar a temperatura da água diminui a pressão.

FERIDAS OU FERIMENTOS: Quando no olho ou na retina, podem ser causados por picadas de outros peixes, crustáceos, parasitas ou mesmo ulcerações. Nas feridas das nadadeiras, pele e brânquias, notamos a pele rosada. A cauda em geral é a mais atingida. Podem ser causadas também por crustáceos das guelras, piolhos ou doenças dos órgãos internos, como a ictiofonose, por ex. Quarentena: 3 a 8 dias, embora não haja contágio. Tratamento: 3 a 8 dias. Separar o doente e colocá-lo em água nova com permanganato de potássio a 2%, dar pouca alimentação ou pincelar o ferimento com tintura de iodo, mertiolato etc.

DESTRUIÇÃO TRAUMÁTICA DAS NADADEIRAS: É causada em geral por brigas, pontas de pedras ou manuseio inadequado. Nos betas há regeneração dos tecidos, enquanto que nos outros peixes, uma cicatrização. Tratamento: isolar o doente e coloca-lo em uma solução de azul de metileno a 5 % , na dose de 2 gotas para 5 litros de água, até à cura; 2 a 5 gotas de mercúrio cromo a 5 % para 5 litros de água do aquário, ou pincelar as lesões com mercúrio cromo a 2%.

FLUKES: Vêr girodactilose.

FUNGOS NOS OLHOS: É muito perigosa, porque eles podem penetrar no cérebro, com fatais conseqüências. O tratamento é diferente dos usados para as outras fungoses e, para isso, pegamos um cotonete com algodão na ponta, molhado com uma solução de nitrato de prata a 1 % e o aplicamos sobre o olho infestado. Fazemos depois um segundo toque, mas com uma solução a 1 % de bicromato de potássio, para evitar uma reinfestação e colocamos o doente em um banho de bicromato de potássio, 1 g para 30 litros de água, até à cura. Durante esse tempo, repetir o tratamento local.

FUNGOS: As feridas dos peixes são em geral atacadas por fungos, sob a forma de uma placa fina e macia sobre toda a região lesada. Pode ser fatal. Tratamento: aureomicina, 1 g para 100 litros de água.

FUNGO BUCAL: Vêr doença do algodão.

GIMNODACTILOSE: Muito contagiosa, produzida pelo Gymnodactylus apresenta como sintoma, o fato de o doente dar corridas súbitas e rápidas e paradas também bruscas. Tratamento: banho de ácido acético glacial, 1 parte para 500 partes de água, banho de 20 segundos, 2 dias seguidos ou formaldeído, 4 gotas em 1 litro de água, durante 5 min, bem como banho de permanganato de potássio, 3 g para 1 litro de água.

GIRODACTILOSE: Causa: Gyrodactylus, verme cego de 0,5 a 0,8 mm de comprimento, que tem uma ventosa na boca e um gancho na cauda, pelo qual se fixa no peixe. Este vai ficando cada vez mais pálido, a pele produz mais mucosidade e com manchas ou pontos hemorrágicos também nas nadadeiras. Mesmo quando as guelras não são afetadas, há respiração acelerada. O peixe fica triste, cansado, com os movimentos cada vez mais lentos, permanece na superfície e morre. A confirmação da doença, pode ser feita em laboratório. Tratamento: banhos de 30 min em formalina, 2 ml de solução a 40% para 10 litros de água, morrendo o parasita em menos de 20 minutos. Boa aeração durante o banho; azul de metileno a 5 % , uma gota por litro de água; 10 a 15 g de sal em 1 litro de água, banhos de 20 min. As más condições do aquário concorrem para o aparecimento da doença.

HIDRA DE ÁGUA DOCE: É um pequeno animal medindo 2 cm de comprimento, cujo corpo é formado por um verdadeiro saco com um orifício único, que serve de boca e anus e pelo qual entram os alimentos ingeridos e saem os excrementos. Sua multiplicação é muito rápida, infestando todo o aquário, com grande rapidez. Como ataca e come peixes pequenos, deve ser combatida. Para impedir sua entrada no aquário devemos examinar rigorosamente todas as plantas antes de serem nele colocadas, lavá-las com água corrente e depois mergulha-las em uma solução de permanganato de potássio ou azul de metileno. Os Trichogasters são grandes devoradores de Hidras.

HIDROPSIA: Causada pelo Aeromonas punctatus, comum nos ciprinideos, mas relativamente rara nos outros peixes de aquário, principalmente tropicais, muito resistentes a ela. A mortalidade dos doentes é de 30 a 40%. Produz deformações, úlceras, ascite (barriga d'água) etc. Na forma generalizada, os doentes ficam muito inchados (edemaciados) e, por isso, suas escamas ficam muito eriçadas, chegando a formar um ângulo de 90° em relação ao corpo ou então sob a forma localizada, com os mesmos sintomas, mas localizados apenas em algumas partes do corpo. Cura quase impossível. Tentar com injeções de cloromicetina, 0,1 mg para 10 g de peso vivo; streptomicina, 1 mg para 50 g de peso vivo, sulfamidas, Phenoxethol, 10 a 20 ml de uma solução a 1 % por litro, colocada aos poucos, por 24 horas. Período de incubação: 4 a 8 dias. Isolar o doente e desinfetar o aquário. Diagnóstico: pelos sintomas ou em laboratórios.

ÍCTIO, ICTIOFITIRIOSE OU PONTO BRANCO: É a mais temida pelos aquaristas, a mais comum e perigosa, liquidando todos os peixes, se não for combatida a tempo. A falta de luz concorre para que apareça, porque diminui a resistência dos peixes, pela queda do teor de oxigênio da água e diminuição de microrganismos que lhes servem de alimentos, bem como mudanças bruscas de temperatura. Sintomas: grande número de pontinhos brancos e redondos do tamanho da cabeça de alfinete (0,5 a 1 mm de diâmetro) no corpo e nadadeiras, ficando o peixe todo salpicado de branco; muita coceira causada pelos parasitas; o peixe se esfrega em tudo o que encontra, para se coçar (pedras, cama etc). Sintomas: movimentos diminuídos; fecham as nadadeiras; ficam parados e deitados no fundo. Pode apresentar uma placa que em poucos dias se desprende, vai ao fundo, se rompe e solta centenas de parasitas que vão infestar outros peixes. Quando o parasita está "maduro", os pontos brancos debaixo da pele ou nas guelras se rompem, soltando de 600 a 1.200 esporos que vão infestar outros peixes, morrendo na água, em 2 ou 3 dias, quando não os encontram. Na água são mais fáceis de serem combatidos. Diagnóstico: a olho nu, pela observação direta dos quistos. Quarentena: 2 a 4 semanas para peixes tropicais e 4 a 8 para os de água fria. O Ichthyophthirius multifilis, parasita unicelular que a produz, aparece ao microscópio como um núcleo escuro em forma de ferradura e com um movimento giratório característico, com o auxílio de seus cílios vibráteis, o que não ocorre com o Oodinium. A pele se irrita e reage, envolvendo o germe com uma camada celular (pele). Alimenta-se de sangue, causando uma anemia cada vez mais profunda e a morte. Quando ataca as guelras, o peixe morre por asfixia. Acontece que às vezes o parasita desaparece espontaneamente do aquário, mas reaparece quando um peixe novo é ai colocado, mesmo que esteja sadio. É doença essencialmente de peixes de água doce, morrendo o parasita em água salgada. Há um Ichthyophthirius de água salgada. Elevar a água a 30° C durante vários dias, trocando o peixe de aquário, é um meio de combater essa doença. Tratamento: água salgada; azul de metileno, 0,8 a 1 ml de solução a 1 % para 51 de água, repetindo o banho 1 ou 2 vezes; atebrina, 300 ml para 3001 de água (afeta a fertilidade), trocando a água após o tratamento; sulfato de cobre 0,8 a 1 ml para 1 litro de água, até à cura, trocando 3/4 da água e rigorosa limpeza do aquário, eliminando todas as algas; hidrocloreto de quinino (não mata as bactérias), 12,5 ml para 5 litros, trocando a água a cada 2 ou 3 dias; tripaflavina dá bons resultados. Os banhos devem ser dados a 16 ou 20° C para peixes de água fria e de 21 a 27° C ou mais, para os tropicais.

ICTIOFONOSE: Muito espalhada, de diagnótico difícil, é produzida pelo Ichthyophonus hoferi, parasita medindo 5 a 20 micra de diãmetro. Transmite-se por esporos, através de alimentos contaminados por esse germe que se desenvolve no estômago e intestinos, sendo eliminados pelas fezes. Alguns perfuram a parede do intestino e são levados pelo sangue para diversos órgãos como coração, fígado etc, onde ficam sob a forma de pequenos nódulos pardos ou pretos. Quando eles se rompem, os órgãos são atacados e o peixe morre. Ela só aparece quando o parasita é levado por alimentos, materiais ou peixes contaminados, mas as más condições da água facilitam sua difusão. Os peixes a transmitem uns aos outros através de feridas e abcessos ou pela ingestão de peixes mortos por ela. No estômago, o quisto se rompe, soltando as larvas infestantes. Sintomas: os primeiros são difíceis de serem identificados, são muito variados e podem ser perda de apetite; entorpecimento; olhos saltados, nadadeiras dobradas; peixe escondido a maior parte do tempo; vem instabilidade para nadar e movimentos estranhos; fica no fundo, com a barriga inchada e ou corpo todo inchado (edemaciado); pele e escamas ficam como que vidradas; o doente vira sobre o seu eixo e fica balançando; formam-se, às vezes, placas ou ulcerações na pele; emagrecimento; pele desbota; nadadeiras perdem pedaços; boca sempre aberta. O doente às vezes só morre após 6 meses. O peixe deve ser sacrificado, porque não há cura. Tratamento: tentar Phenoxethol, solução a 1 % , na dose de 10 % da solução para 1 litro de água do aquário. Para adultos, usar 30 ml por litro. O para-chlorophenoxethol é mais eficiente nas doses de 1 ml para 1 litro de água destilada, sendo usada 0,1 % desta, na solução em que adicionamos 50 ml por litro, mas aos poucos, durante 24 horas. Após 100 horas nessa solução, os parasitas, em todos os seus estágios, ficam completamente degenerados.

ICTIOZOOSE: Infecto-contagiosa por vírus, ataca os peixes de água doce e às vezes os marinhos. A mortalidade de doentes é acima de 90%. Como uma causa predisponente, temos o "stress" por temperatura, com água abaixo de 15° C. Sintomas: inflamação nas bases das nadadeiras, principalmente peitorais. O doente nada devagar e descontrolado, dando voltas e ficando à superfície da água e até com parte do corpo de fora. Fica também no fundo, virando de lado. Morre em poucas horas. Outro sintoma é que a boca e estômago ficam cheios de barro. Não há tratamento especifico, podendo ser usados antibióticos para combater invasões secundárias por bactérias ou fungos.

INFLAMAÇÃO DO ESTÔMAGO (GASTRITE): É provocada, em geral, por muito sal nos alimentos. Não ocorre quando são dados alimentos vivos. Sintoma principal: avermelhamento da mucosa estomacal. Tratamento: o mesmo que para a enterite.

INFLAMAÇÃO INTESTINAL (ENTERITE): Prende-se geralmente a problemas de alimentação, quando os peixes recebem somente alimentos secos ou vivos. Variar a alimentação evita esse distúrbio. Sintomas: não podem ser vistos externamente, exceto alguns gerais como perda de apetite, escurecimento da cor etc, mas que podem significar outras doenças. Na necrópsia, vemos os intestinos vermelhos, inflamados, veias bem visíveis e as paredes engrossadas, enquanto que os órgãos ficam aumentados, às vezes 1,5 vezes o seu tamanho. Pode aparecer um líquido sangüíneo nos intestinos, expelido quando fazemos pressão sobre a barriga do peixe. Fezes amarelas ou vermelhas, podem significar enterite. Tratamento: suspender a alimentação por 5 ou 6 dias e depois, aos poucos e devagar, dar ao doente outro tipo de alimentação, voltando à normal, bem variada, logo que não houver sangue nas fezes.

INTOXICAÇÕES POR METAIS: Objetos, pedras com traços de cobre, alumínio, zinco etc. em contacto com a água, produzem sais tóxicos para os peixes. Sintomas: olhos embaciados, dificuldade respiratória, inquietação ou excitação e depois o doente fica balançando na água e acaba morrendo deitado no fundo ou na superfície, mas sem nenhuma reação. O tratamento leva de 20 minutos a vários dias. Fazer testes de cobre, NO2 etc e verificar se não foi feita alguma pulverização, mesmo com "spray", perto do aquário. Trocar a água, manter o peixe em água de boa qualidade e uma boa aeração é o indicado, além de verificarmos a causa da intoxicação, para combatê-la.

INTOXICAÇÃO POR NITRITOS ( NH3 ): Superpopulação, água não estabilizada e excesso de alimentos são as suas causas. Sintomas: olhos embaciados; dificuldades respiratórias; doente inquieto, fica balançando na água e morre deitado no fundo ou na superfície, mas sem qualquer reação. Tratamento de 20 min a alguns dias. Trocar a água e manter o peixe em água nova bem estabilizada.

INTOXICAÇÃO POR SUBSTANCIAS QUÍMICAS: como desinfetantes, detergentes, inseticidas, resíduos diversos, fumaças de cigarros e charutos etc. Sintomas e tratamento: os mesmos de intoxicação por nitritos.

LEPIDORTOSE: É infecto-contagiosa, produzida pelo Bacterium lepidorthosae, pelo Vibro anguillarum e outros, segundo alguns autores. Ataca peixes tropicais. Sintomas: perda de escamas por todo o corpo e mais no dorso; movimentos cada vez mais lentos; respiração acelerada e a cauda vai ficando paralisada. O doente fica na superfície, perde a noção de fuga e morre em mais de 80% dos casos, quando não há tratamento. Os peixes sadios são portadores e a transmissão é direta ou indireta, pela água contaminada. Dura 3 a 4 semanas. Tratamento: sulfanilamida, cloromicetina e phenoxethol. Retirar os doentes e mortos e desinfetar o aquário.

LIMO DOS PEIXES: Vêr doença do algodão.

LINFOCISTOSE: É contagiosa, produzida por um vírus de localização cutânea. Ataca a pele e nadadeiras, sendo em geral de evolução benigna. Ataca os peixes marinhos e alguns de água doce (macropodos). Em alguns desaparece em 6 ou 7 meses. A reação da pele produz crostas brancas semelhantes a placas em forma de 5 a 20 nódulos característicos, de cor creme, lisos ou rugosos, de 10 a 20 mm de diâmetro sobre as nadadeiras e as bordas dos opérculos branquiais e depois sobre todo o corpo. Em geral ocorre uma infecção bacteriana secundária, prejudicando ainda mais o paciente. É mais comum no verão e a quarentena só é indicada em caso positivo da doença. Os sadios podem ser portadores do vírus. Incubação: 40 a 50 dias e o tratamento deve ser feito por várias semanas, até à cura. A infecção secundária, quando aparece, pode ser controlada pelo ozônio ou raios ultravioleta. Aparar as nadadeiras afetadas, com uma tesoura bem afiada e pincelar as partes contaminadas e os locais dos cortes, com tintura de iodo, 1 parte para 3 de água. O peixe paraíso e outros são mais atacados. Separar os doentes e desinfetar o aquário. Não há tratamento específico.

MONOGENIA: Parasitária, ataca a pele e as guelras e pode ser mortal. Sintomas: coceiras nas zonas atacadas e respiração bem acelerada, além dos parasitas nas guelras, como manchas de talco. As formas larvárias vivem na água à espera de um hospedeiro, sendo fáceis de combater. Combate: colocar na água uma dose de sal, formalina ou um medicamento comercial de uso indicado, ou banhos de tripaflavina, 2 mg em 25 litros de água. Limpeza rigorosa e desinfecção com permanganato de potássio.

MILOSOMOSE: É incurável e produzida pelo parasita Mylosoma cerebralis, que infesta o peixe, nele se reproduzindo formando esporos. Quando morre, os esporos contaminam o fundo do aquário. Ataca pouco os peixes de aquário, sendo comuns nas criações de trutas: Sintomas: movimentos rotatórios, enegrecimento da cauda e depois deformações da coluna vertebral, da cabeça e maxilares.

NADADEIRAS DESFIADAS: Doença infecciosa por bactérias e em geral mortal. Sintomas: putrefação de todas as nadadeiras ou só da caudal. Nesses locais costumam aparecer pequenos pontos vermelhos bem visíveis. Os peixes mais pigmentados são os mais atacados, como os molinésias pretos. Quase sempre aparece uma doença secundária, em geral por fungos, sempre prontos a atacar as partes feridas. Há o tratamento cirúrgico, (quando a doença está muito avançada), com a extirpação das partes afetadas e necrosadas (mortas) e o terapêutico, quando ainda no início ou até certo ponto. Tratamento: 8 ml de solução de acriflavina para 5 litros de água, aplicada diretamente sobre as lesões, com um bastonete com algodão na ponta, embebido na solução. Repetir, quando a água for mudada; colocar o peixe em água fresca e limpa, por um dia, sendo recolocado na solução de acriflavina, durante 3 a 5 dias. Não sarando, usar o tratamento cirúrgico, sendo retiradas as partes afetadas e as vizinhas, para evitar que fique uma região contaminada. Aplicar, sobre os cortes, solução de bicromato de potássio a 1 % e colocar o paciente em água com 1 grama de bicromato de potássio para 30 litros de água. Podemos usar, também, 500 mg de aureomicina, cloromicetina ou terramicina para 70 litros de água ou 250 mg de aureomicina para 25 litros de água; cloromicetina, 25 a 40 mg para 5 litros de água durante 48 horas no máximo. O Phenoxethol é bom e não afeta a fertilidade dos peixes e dos ovos. Banhos de tripaflavina, 1 g para 1 litro de água, usando 10% dessa solução por litro de água do banho. Os antibióticos por via oral, em geral, dão melhores resultados.

NADADEIRAS ENCOLHIDAS OU DOBRADAS: quando o peixe se esfrega em tudo o que encontra, inclusive na cama, em geral está infestado pelo Ichthyophthirius e deve ser tratado (Vêr ictiofitiriose).

NÓDULOS SOBRE A PELE E AS NADADEIRAS, DOENÇA DO VELUDO OU PILULARIOSE: É produzida pelo Oodinium pilularis, sendo conhecida por "doença do veludo" porque, quando a infestação é muito grande, cobrindo uma grande extensão dá, à pele, o aspecto de um veludo cinza-pardacento. Aparecem nódulos sobre a pele e deslocamento de escamas. O peixe sente muita coceira, se esfrega em tudo o que encontra, para se coçar, emagrece e morre em 2 semanas ou um pouco mais. Raramente ataca os vivíparos, mas o faz com os Barbus, Colisas, Hiphessobrycon, Nannostomus, B. panchax, Platy, Poecilus, Aphyosemion, Rasbora, Tanichthys, Xiphophorus e mesmo os dourados. Tratamento: à base de cobre; banhos demorados de tripaflavina, elevação da temperatura a 30° C e escurecimento total do ambiente; tentar 2 gotas de azul de metileno a 5 % para 5 litros de água, durante 5 dias, com um intervalo de 3, trocar a água e repetir a dose. Retirar as plantas e todos os objetos do aquário.

OCLUSÃO INTESTINAL: É causada por alimentação defeituosa, sem variar, alimentos ainda congelados, com pouca fibra, não volumosos ou mesmo em excesso. O peixe perde o apetite, recusa alimentos e fica com a barriga inchada. Tratamento: o mesmo que para a constipação. Suspender a alimentação por 2 ou 3 dias e dar, para os herbívoros, um pouco de verde como algas, confrei, alface etc e, quando carnívoros ou omnívoros, alimentos vivos como minhocas, tenébrio etc. Nos casos mais graves, dar 1 ou 2 gotas de óleo de rícino, na boca.

OCTOMICOSE OU SECA: É a mais comum doença que, além da tuberculose, provoca um grande emagrecimento do peixe sendo, por isso, chamada de "seca". É produzida por um protozoário, o Octomicus, sendo de cura difícil, porque o parasita vive nos órgãos internos do peixe. O doente emagrece muito e sua barriga vai encolhendo, parecendo que ele está secando. Tratamento: tentar com tripaflavina, 2 g para 50 litros de água.

OLHOS NO FUNDO: Pode ser fome, ascite infecciosa ou infestação pelo Trypanoplasma, que vive nos intestinos das sanguessugas e são por elas transmitidos, quando sugam os peixes.

OPÉRCULOS ABERTOS: Pode ser uma dactilogirose. As bordas das guelras ficam cinzas e engrossando, fazendo com que os opérculos permaneçam entreabertos. Não é muito comum nos aquários, mas pode aparecer em escalares, lebistes etc. Tratamento: banhos rápidos de 30 min em formalina a 3%, 20 25 cc em 100 litros de água ou em solução de sal (NaCl).

PAPILOMATOSE DOS PEIXES: Doença infecto-contagiosa do grupo dos tumores. Caracteriza-se por formações cutâneas (verrugas) como uma couve-flor, principalmente na boca (mandíbulas), embora apareçam também em qualquer parte, como costas, lados, barriga e cauda. Quando os tumores não o permitem, o peixe não come e morre em pouco tempo, magro e de inanição. Quando porém eles não o atrapalham este, apesar da doença, aparenta boa saúde, come e respira normalmente, mas também acaba morrendo caquético. O número de papilomas é, em geral, de 10, no máximo. O seu tamanho aumenta com o tempo, atingindo 6 cm. São brancos, passam a marrons ou castanhos claros e novamente a esbranquiçados. Não há tratamento e a mortalidade é de praticamente 100% dos doentes. Separar os doentes e desinfetar o aquário é o indicado.

PARASITAS INTERNOS: São em geral transmitidos por alimentos vivos. Ocorrem raramente em aquários com um bom manejo, porque os vermes necessitam de mais de um hospedeiro para completar o seu ciclo evolutivo e não os encontram. Quando ocorre uma infestação, é porque os ovos ou larvas infestantes foram introduzidos nos aquário por materiais, alimentos ou animais vivos, como tubifex, camarões, larvas de mosquitos etc. Como exemplos, temos o Cucullanus elegans transmitido pelo Cyclops e o Clinostomum complanatum, pelos caramujos. Este último forma quistos debaixo da pele e deve ser retirado com uma pinça, após uma incisão com bisturi, sendo o local desinfetado com mercúrio cromo. Outro verme é o Paramercis crassa, que vive nos órgãos internos do peixe, mas que provoca uma inchação generalizada na sua região dorsal. Tratamento: Phenoxyethanol, solução a 1 % , na dose de 10 ml por litro de água. Para adultos, 30 ml por litro. O tratamento só dá resultados, se os órgãos internos não estiverem muito danificados.

PELE TURVA OU OPACA: Sintomas: apatia, enfraquecimento, perda de apetite, manchas esbranquiçadas por todo o corpo, avermelhamento e hemorragias. Esfrega-se contra tudo o que encontra e levanta as nadadeiras dobradas e com sangue; movimentos anormais, em forma de balanços. Suas causas são infestações por Trichodina, Costia e outros parasitas.

PETRIFICAÇÃO DOS OVÁRIOS: É em geral devido a uma desova não realizada, ficando a fêmea "cheia". Suas causas são desconhecidas. A paciente pode viver assim, com os ovários petrificados (duros como pedras), durante muito tempo. Sintomas: diferentes dos do quisto, pois os ovários não crescem tanto, são duros e, externamente, a barriga fica dura e não mole, como no caso dos quistos.

PODRIDÃO BACTERIANA OU NECROSE DAS NADADEIRAS: Como causas predisponentes, temos queda brusca de temperatura, água de má qualidade ou velha, que provocam um enfraquecimento do peixe. Produzida pelo Pseudomona punctata, ataca, não só molinésias, mas também os Barbus, Colisas, Tetras neon, Trichogaster leeri, alguns caracídeos do gen. Hemigrammus etc. Aparece como uma pequena turvação nas bordas das nadadeiras, lesão essa que vai aumentando, as nadadeiras apodrecendo e diminuindo de tamanho, ficando apenas alguns tocos. Aparar as nadadeiras desfiadas, com uma tesoura. Tratamento: tentar com 3.000 U.I. de penicilina para 1 litro de água, uma só vez; aureomicina, 10 ml para 1 litro de água e depois outro banho em solução de 5 g de sal comum para 1 litro de água, colocando mais água quando o peixe não resistir e tender a flutuar; 1 g de tripaflavina para 100 litros de água; 1 g de sulfonamida para 10 litros de água; 500 ml de terramicina para 20 litros de água; 10 gotas de azul de metileno a 5 % .

PROSTAÇÃO NERVOSA: Os peixes ficam tímidos, afastam‑se dos companheiros, deixam de comer e ficam no fundo. É causada por problemas da água. Completar sempre o nível da água, mas só com água fresca e de boa qualidade ou substituí-la total ou parcialmente, nas épocas adequadas, para evitar que se alterem sua qualidade e composição química, para não prejudicar os peixes. Manter a temperatura elevada, pois se trata de peixes tropicais. É aconselhável substituir 1 /3 da água.

QUILODONELOSE: É produzida pelo Chilodonella cyprini, um ciliado de 60 micra de comp. por 45 de largura e transmitida por contacto direto entre doente e sadio. Sintomas: opacidade brancaazulada e no dorso umas excrescências em forma de pedras, que depois se desprendem. O parasita ataca as guelras, ficando o peixe asfixiado. O doente se esfrega contra tudo, na tentativa de se livrar das coceiras. Tratamento: à base de banhos demorados de tripaflavina, 2 mg para 101 de água e a temperatura elevada a 28° C, morrendo os parasitas em 10 horas; banhos de sal comum, 1,5 a 2%, durante 15 a 20 min, repetindo de 2 em 2 ou de 3 em 3 dias; Triparsamide, 1 g para 100 litros de água; Stilbamidine, 150 mg para 100 litros de água. Aparece com freqüência, mas não causa epizootias. Só ataca quando os peixes estão com as defesas diminuídas, atingindo mais os peixes dourados, os guppies e os Brachydanios, sendo o parasita encontrado na secreção da pele.

QUISTO OVARIANO: Suas causas não são bem conhecidas, ficando os ovários cheios de um líquido amarelado ou avermelhado. Devido ao aumento de volume, comprimem os órgãos vizinhos. Revelam sua presença, pelo aumento do volume do ventre, embora o aspecto seja diferente de quando a fêmea está "cheia" ou com ascite, pois no caso do cisto, ela não fica tão arredondada. Naturalmente a fêmea com quisto não desova.

SANGUESSUGA (Piscicola geometra): É muito prejudicial aos peixes porque os incomoda com suas mordidas e fica presa a eles, provocando traumatismos. Além disso, suga o seu sangue, causando-lhes anemias cada vez maiores, até que, enfraquecidos, morram por perda de sangue, uma verdadeira sangria contínua. Pode ainda transmitir-lhes parasitas do sangue como o Trypanoplasma e o Trypanosoma sp, que causam a doença do sono. Para evitar ferimentos, às vezes graves, não devemos arrancar as sanguessugas sem antes mergulhar o paciente intestado, du­rante 1 minuto, em uma solução de sal comum, pois o parasita fica atordoado e cai ou é retirado com facilidade, com uma pinça.

SAPROLENIOSE, MOFO DOS PEIXES OU DOENÇA DOS FUNGOS: Os fungos crescem na pele, nadadeiras, brânquias, boca, olhos etc, bem como nas desovas, caracterizando-se por finos filamentos que, quando se desenvolvem muito dão, às lesões, um aspecto de tufos de algodão. É produzida por fungos em geral dos gêneros Saprolegnia e Achlya e se propaga por esporos. Só atacam quando o peixe tem uma queda de resistência física, principalmente por ferimentos externos causados por brigas, arestas cortantes etc. Peixes sadios e fortes, praticamente não são atacados por eles. Tratamento: elevar a temperatura da água a 27 ou 28° C; pincelar as áreas atacadas, com tintura de iodo a 1%, mercúrio cromo a 1 % , azul de metileno a 5 % ou bicromato de potássio a 1%, este para peixes mais sensiveis. Não colocar esses remédios nas partes sadias. Usar banhos de 10 a 20 min de permanganato de potássio, 1 g para 100 litros de água; bicromato de potássio, 1 g para 35 litros de água, durante 7 a 10 dias no máximo, trocando a água depois do tratamento; sulfanilamida, 10 a 25 g para 1001 de água; 100.000 U.I. de penicilina em 100 1 de água, banhos de 5 a 7 min; aureomicina, 10 mg para 1 litro de água; verde malaquita, 60 mg/litro de água e colocar o peixe novamente no aquário. O fungo desaparece em 24 horas. Repetir o banho, se necessário. Prata coloidal, 0,1 ml/litro de água, banhos de 15 a 20 min, no máximo. Banho progressivo de sal é eficiente, mas pode apresentar problemas. Quando o fungo é no olho, tocar com algodão embebido em solução de nitrato de prata a 1 °io e depois com uma de bicromato de potássio a 1%. Phenoxethol dá bons resultados.

TREMORES OU "SHIMMY": São causados, em geral, por queda de temperatura. Tratamento: elevar a água a 29 ou 30° C. O peixe pode ficar com ligeiros tremores para o resto da vida.

TRIPANOPLASMOSE OU DOENÇA DO SONO: É causada pelos Trypanoplasma bancroft, T. carassi e T. chagesi, sendo transmitidos pelas sanguessugas ao picarem os peixes. Sintomas: anemia profunda, sonolência, olhos no fundo e emagrecimento, Suas guelras vão ficando muito pálidas devido à anemia. O doente pode ficar inclinado, com a cabeça apoiada no fundo, vai ficando cada vez mais fraco e morre.

TUBERCULOSE: É causada pela bactéria Mycobacterium cyprini, que ataca os peixes de água doce e os de água salgada, mas não ataca os animais de sangue quente e o homem. Atinge mais os peixes criados há muitos anos em aquário, como os betas, gupies, molinésias etc, mas só o faz quando há uma queda de resistência, mesmo que passageira. Sintomas: perda de apetite, cansaço, emagrecimento, lentidão de movimentos, palidez, lesões abertas na pele, olhos saltados, transtornos do equilíbrio e movimentos giratórios; manchas delimitadas de cor vermelha bem viva nas guelras; destruição de nadadeiras; perda de escamas; deformações das mandíbulas ou da coluna vertebral e, às vezes, externamente, alguns nódulos. É de evolução crônica e o doente deve ser sacrificado. O diagnóstico mais garantido é por exames de laboratório. Nos tetras, o aparecimento de 2 pontos amarelos claros no pedúnculo caudal, pode ser um sintoma de tuberculose. Não há tratamento.

TUMORES: São neoplasias (novas formações), por crescimento e proliferação anormais de células e de tecidos. Os benignos não se reproduzem. Os malignos, cujo crescimento é diferente, vão soltando raízes e invadindo os tecidos vizinhos. O pior, porém, é que eles se multiplicam a partir de um tumor primário, podendo se transmitir à distância, atingindo qualquer parte ou órgão do corpo. Também são chamados de câncer.

VELUDO OU ICTIO VELUDO: Parasitária e muito contagiosa, é causada pelo Oodinium limnecticum, cuja forma infestante é livre e mede 13 micra. Confundida com o íctio, seus sintomas são parecidos com os do Ichthyophthyrius, embora as manchas, em geral, sejam menores e mais amareladas, ficando o doente como se estivesse "empoado" com um pó amarelo. O Oodinium que aparece nas lesões, isolado, possui um núcleo arredondado e não tem mobilidade. Ataca principalmente ciprinídeos, laberintídeos e poecilídeos. O parasita se reproduz por divisão, dentro do quisto, originando 200 ou mais formas jovens. É mais perigosa para os novos do que para os adultos. Usar banhos a 24 ou 27° C, de azul de metileno a 1%, 3 a 5 ml para 5 litros de água, durante 3 dias ou tripaflavina, mas que afeta a reprodução, pela esterilização temporária dos reprodutores, causa mortes entre os jovens e baixa eclosão dos ovos. A escuridão combate o parasita, pois ele precisa de luz para a fotossíntese no processo de sua alimentação, e a falta de luz o prejudica e mata, se durar 8 a 10 dias. Usar acriflavina, mas no máximo 10 dias, para evitar problemas na reprodução. A água deve ir a 27° C. Sulfato de cobre é eficiente, mas perigoso.

VERMES ANCORA: O Lernaea cyprinacea e espécies correlatas são raros nos aquários. Crustáceo parecido com o Cyclops, mede 20 mm e possui um ferrão ou tromba. A fêmea penetra nos músculos dos peixes, enquanto que o macho é um parasita da sua própria fêmea. Deve ser tocado com um bastão embebido em permanganato de potássio a leio, para depois ser retirado com uma pinça. Desinfetar o ferimento com mercúrio cromo, 1:10. É melhor transferir os peixes para outro aquário, durante 3 a 4 semanas, para dar tempo de o parasita morrer na água, por falta de hospedeiro. Usar, também, solução de permanganato de potássio. Pode ser usado banho de 2 a 3 minutos com Difluordiphenyl trichloro methylmethane, 1 ml para 10 litros de água.

VERMES NOS OLHOS: São em geral parasitas dos gêneros Prolaria e Diplostoma, que se fixam sobre os olhos, provocando cegueira. Para se desenvolverem, necessitam de 3 hospedeiros intermediários: uma ave, que elimina os seus ovos, deixando‑os cair na água, um caramujo aquático que é por ele infestado e do qual saem as cercárias com cauda bifurcada, que infestam os peixes. Essas doenças não têm cura.

ZONAS OU MANCHAS VERMELHAS NA PELE: São em geral picadas de piolho ou de sanguessugas. O piolho das carpas, o Argulus, é bem grande, perfura a pele do peixe, com uma "tromba", e injeta nele uma substância urticante e tóxica que além de provocar uma lesão na pele, com uma região avermelhada, ainda pode matar o peixe. Tratamento: extrair o piolho com uma pinça, tocando-o, antes, com sal, para que ele se solte logo. Desinfetar o local.

VERMINOSES OU HELMINTOSES: São causadas por vermes, os maiores parasitas que atacam os peixes. Podem ser internos (endoparasitas) e externos (exoparasitas). Os aquários são pouco atacados por eles, porque necessitam de mais de um hospedeiro para completar o seu ciclo evolutivo, não os encontrando onde em geral só vivem os peixes. Encontramos os vermes adultos no trato digestivo do doente, enquanto que as larvas ficam na área visceral ou na carne. Podem ser mortais. Retiram-se dos peixes, nas épocas certas e, não encontrando seu próximo hospedeiro, acabam morrendo. Tratamento: banhos de sulfato de cobre ou de permanganato de potássio ou de água salgada, por alguns minutos, o que os combate na água e nas partes mais vulneráveis dos peixes, como as áreas externas das guelras e nadadeiras. No seu ambiente natural os peixes parecem tolerar os vermes, desde que não afetem, diretamente, nenhuma função vital.

Artigo - Filtragem de Aquários


Filtragem de Aquários


Sumário

Este artigo descreve como a filtragem pode ajudar a assegurar um aquário saudável. A primeira metade descreve o que são filtros, e como funcionam. A segunda metade avalia os diferentes tipos de filtros.

Conteúdo

1. Porque você precisa de filtragem e como funciona

  • Introdução
  • Trocas de água
  • Filtragem biológica
  • Filtragem química

2. Tipos de Filtros

  • De canto
  • Biológico de cama
  • Esponja
  • Filtro externo
  • Canister e Submersível
  • Wet/Dry (Trickle)
  • Desnatadores
  • Fluidized bed
  • Denitrators
  • Algal Scrubbers
  • Resfriadores
  • Esterilização

1. Porque você precisa de Filtragem

Algumas vezes nós esquecemos que peixes alojados em um aquário estão confinados a uma quantidade muito pequena de água comparado com seus habitats naturais. No seu ambiente natural, as fezes dos peixes são imediatamente diluídas. Mas em um aquário, resíduos de fezes podem rapidamente se acumular para níveis tóxicos.

Estes resíduos incluem amônia liberada pelas brânquias de seus peixes, fezes de peixe, e restos de comida. A comida e as fezes também eventualmente irão se decompor, liberando amônia. Até pequenas quantidades de amônia irão matar seus peixes.

Obviamente, quanto mais fontes de resíduos de peixes, maior e mais rápido será o problema de amônia. Um tanque pequeno alimentado em abundância com muitos peixes grandes terá muito mais amônia do que um tanque grande com um peixe pequeno raramente alimentado. Mas para os dois casos você precisará de algum tipo de filtragem de aquário para controlar a amônia tóxica.

Alguns aquaristas tentam controlar os níveis de amônia exclusivamente com trocas de água. Isto é útil, mas imprático por causa da frequência e tamanho das trocas de água necessárias.

Por sorte, tem um jeito mais fácil! Na verdade, o mundo está cheio de bactérias que não querem mais nada além de consumir a amônia e convertê-la para substâncias menos tóxicas. Para muitos aquaristas, este processo ocorre sem o seu conhecimento ou ajuda. Porém, o aquarista esperto aprenderá como tirar vantagem desta bactéria benéfica com a maximização de seu crescimento.

Quando você começa um novo aquário, colônias de bactérias benéficas ainda não tiveram a chance de crescer. Por um período de várias semanas isto é perigoso para os peixes. Você deve gradualmente formar uma fonte de amônia (começe com só um ou dois peixes pequenos) para permitir tempo para as bactérias benéficas crescerem. Isto é chamado "ciclagem" do seu aquário.

Lembre-se que as bactérias decompoem a amônia para substâncias ( primeiro nitrito, e então eventualmente nitrato) que são meramente menos tóxicas, ao invés de ser não-tóxicas. Muitos peixes toleram níveis razoavelmente altos de nitratos, mas com o tempo os nitratos também se acumularão até que eles, também, fiquem tóxicos. Além disso, como o nitrato é um fertilizante, níveis altos de nitrato podem levar ao crescimento excessivo de algas.

Trocas de água

Apesar de ter muitas maneiras para remover nitrato em excesso, o modo mais efetivo é regularmente trocar uma parte da água. Isto é uma das partes mais negligênciadas e importantes da manutenção do aquário!

Com que frequência e quanto deve ser trocado depende muito da carga de detritos no seu tanque, e a sensividade dos seus peixes. Você não quer trocar TODA a água em qualquer ponto no tempo porque a mudança na química da água será muito estressante para seus peixes. A melhor maneira de decidir com que frequência e quanto trocar da água é monitorando a qualidade da sua água com testes de água. Como um mínimo, se o seu aquário é novo, você deve testar para amônia e talvez nitrito. Em aquários estabelecidos, você deve monitorar para a acumulação de nitrato. Testes de água é a maneira mais confiável para saber se a sua filtragem está funcionando bem.

Para um tanque comum, você deve trocar nada mais do que um terço da água em 24 horas. Muitos aquaristas com um aquário comum trocam um quarto da água a cada duas semanas. Seu aquário provavelmente não é comum., e você realmente deve medir os níveis de nitratos para determinar sua relação de trocas de água.

Filtragem Biológica

Filtragem biológica é o termo para o favorecimento do crescimento de bactérias neutralizantes de amônia. É tão importante para a saúde do seu aquário que nós devemos olhar como este processo funciona mais de perto. (Tem outros tipos de detritos que podem causar problemas, mas as trocas de água regulares necessárias para controlar nitratos são típicamente suficientes para controlar outras formas de detritos também.)

A Mãe Natureza provisiona vários tipos de bactérias que decompoem amônia para compostos progressivamente menos tóxicos. Primeiro, nitrosomonas decompõe amônia para nitritos. Então nitrobacter decompõe nitrito para nitrato. Estas bactérias não são prejudiciais e são muito abundantes na natureza. Eles são tão comuns que nós não precisamos adicioná-los em nossos aquários; a natureza faz isso para nós.

Na presença de amônia e oxigênio estas bactérias naturalmente se multiplicarão. As bactérias se prendem no tanque, rochas, cascalho, e até nas decorações do tanque. Note que nós ainda não dissemos nada sobre um filtro físico. Isto é porquê a filtragem biológica só requer

1. Uma superfície sobre a qual se prender,

2. amônia para comida, e

3. água rica em oxigênio

Isto parece bem simples; porquê nós precisamos de um filtro físico?

Na realidade, se você limita a quantidade de peixes para a capacidade que a filtragem biológica natural aguenta, você não precisa de um filtro físico. Infelizmente, você não pode suportar muitos peixes com só a filtragem biológica natural.

Nas últimas décadas, o hobby já viu muitos novos tipos de filtros biológicos inventados que podem aumentar vastamente a capacidade de uma colônia de bactérias de provisionar filtragem biológica para o seu aquário. Na essência, todos estes tipos de filtros provisionam áreas adicionais de superfície para o prendimento das bactérias e aumentam o oxigênio disponível dissolvido na água.

Filtragem Mecânica

Lembre que amônia vem diretamente das guelrras dos seus peixes, mas também do apodrecimento de fezes e restos de comida. Se você pode mecânicamente filtrar fora as fezes e restos de comida antes que começem a apodrecer, você pode estar um passo a frente no jogo. Sem mencionar que estes detritos são feios e podem detrair da beleza e prazer de seu aquário.

Simplesmente dito, filtragem mecânica é a coação de partículas sólidas da água do áquario. Filtragem mecânica não retira diretamente a amônia dissolvida. A maioria dos materiais filtrantes comuns de filtros mecânicos não removem bactérias e algas microscópicas da água. Nem a filtragem mecânica removerá quaisquer sólidos presos por cascalho, plantas, ou decorações.

Você precisará de outro método para remover estes resíduos sólidos dos recessos e fendas do seu aquário. Um dos métodos mais fáceis e "aspirar" o cascalho, etc., como parte da sua rotina regular de trocas de água e todo mundo deve fazer isso. (Note que aqueles aquários marinhos que usam "substratos vivos" são uma excessão.) Algumas pessoas instalam bombas de circulação, conhecidos como fazedores de ondas, para melhorar a chance de pegar resíduos sólidos no filtro mecânico.

Os quatro materiais de filtragem mecânica mais populares são esponjas, cartuchos de papel, e floss media solto e preso que são reutilizáveis em graus diferentes. Cartuchos de papel limpos tem as menores aberturas e floss preso limpo tem as maiores aberturas. Esponjas limpas e floss solto limpo caem algum lugar no meio.

Um material filtrante com aberturas pequenas pega partículas mais finas, mas fica obstruído mais rápido. Também, como regra, uma área de filtro fisícamente grande vai ficar obstruído mais lentamente do que um filtro pequeno. Quando o material filtrante vai ficando mais sujo ele pegará partículas menores e menores. Em algum ponto a o material filtrante fica tão obstruído que a água não passará.

SUMÁRIO: Um filtro mecânico bom é um que pega sólidos suficientes para manter a água cristalina sem ficar obstruído muito frequentemente.

Filtragem Química

Fitragem química, em curto, é a remoção de detritos dissolvidos na água do aquário. Detritos dissolvidos existem na água num nívem molecular, e caem em duas categorias gerais, polar e não polar. O método mais comum de filtragem química involve filtrando a água com carvão ativado por gas que funciona melhor nos detritos não polares (mas também remove detritos polares). Um outro método efetivo é o desnatador, que remove detritos polares como orgânicos dissolvidos.

Carvão ativado granulado (CAG) é manufaturado de carvão, típicamente carvão mineral esquentado na presença de vapor num calor muito forte. Este processo faz o carvão desenvolver números enormes de pequenos poros, que prendem detritos não polares nos níveis moleculares por meio de absorpção e troca de ions, e remove metais pesados e moleculas orgânicas, que são o fonte de cores e odores indesejáveis, por um processo conhecido como peneiramento molecular.

O melhor CAG para filtragem da água é feito de carvão mineral e é macroporoso (tendo poros maiores). Um bom carvão ativado macroporoso é leve (não denso) e borbulha e flutua quando inicialmente molhado. CAG intencionado para remover detritos do ar (como odores) são comunmente feitos de casca de côco e são microporosos. Carvões para filtragem de ar são mais densos.

Algumas pessoas (especialmente aquelas com aquarismo de recife de corais) estão preocupadas com o solubilização de fosfato de carvões ativados. Como regra, compre só carvões feitos por empresas reputáveis de suplementos para aquários que foram lavados com ácido durante fabricação para minimizar o conteúdo de cinzas. Carvões baixos em cinzas também ajudam a reduzir a chance de mudanças indesejáveis de pH. Carvões baixos em cinzas típicamente tem níveis de solubilização menores também.

O fosfato em CAG vem do fato que carvão ativado é fabricado de carvão mineral, que foi uma vez material vegetal vivo. Todo material vivo é alto em fosfatos. A solubilização de fosfato de CAG é conhecido de ser alto inicialmente e abaixar com o tempo. Este problema pode ser mitigado significativamente encharcando previamente seu carvão ativado por algumas semanas antes do uso.

Algumas pessoas estão preocupadas sobre CAG removendo nutrientes minerais vitais requeridos por plantas e invertebrados para o crescimento saudável. O esgotamento de nutrientes minerais vitais é um problema em aquários plantados e minirecifes, com ou sem carvão ativado. Os ganhos potenciais de carvão ativado são grandes o suficiente que no inteiro você estará melhor usando-o. Se o esgotamento de nutrientes minerais vitais é o tormento, use um suplemento de elementos vitais em conjunção com o carvão ativado.

CAG não pode ser rejuvenecido fora de um laboratório, mas felizmente, é barato o suficiente para usar liberamente. Sempre lave seu carvão antes de usar para remover o pó que acumula durante o transporte. Recomendações no quanto usar variam, mas quantidades menores trocadas mais frequentemente parecem funcionar melhor. Você provávelmente quer experimentar, mas ½ copo por 20 galões de água, trocado mensalmente é um bom começo. Em sumário, carvão ativado é um excelente, barato e efetivo método de filtragem que é altamente recomendado para toda aquaria.

Uma variedade de materiais filtrantes especiais para filtragem química foram desenvolvidos para remover químicos específicos. Um comum é um feito de argila de zeolite (também usado em algumas liteiras de gato), e é colocado no mercado abaixo de certas de marcas como "Ammo-Carb". Este material filtrante remove amônia da água, e é bom para uso de curto termo. O aquarista deve estar ciente que se zeolite é usado, especialmente quando ciclando um novo aquário, o estabelecimento de filtragem biológica natural será atrasado ou rompido.

Desnatadores são usados primáriamente em aquários de água salgada, especialmente recifes. Eles tem a notável abilidade de remover detritos orgânicos dissolvidos antes de decompor. Este processo involve tirando vantagem da natureza polar das moléculas orgânicas, que são atraídas à superfície de bolhas de ar injetadas dentro de uma coluna de água. A espuma resultante é escumada da superfície e descartada.

2. TIPOS DE FITROS

O humilde filtro de canto

Por décadas, aquaristas tem mantido peixes saudáveis com sucesso com o uso do $2.49 filtro de canto. Típicamente, eles são caixas de plástico transparente, que sentam dentro do tanque. Uma pedra porosa borbulha ar por um tubo de ar, que força a água por uma cama de esponja filtrante ou outro material filtrante mecânicamente filtrando a água. Colônias de bactérias crescem no material filtrante, provisionando filtragem biológica excelente. (É importante trocar só um pouco do material filtrante em qualquer dado tempo! Deste modo as bactérias não são exterminadas.) Hoje em dia pessoas não usam filtros de canto tanto porquê são feios , ocupam espaço no tanque, e requerem manutenção um pouco mais frequente do que outros filtros. Mas você não pode bater o preço.

Um outro uso do filtro de canto, que não é realmente igualado por outros tipos de filtro, é como um filtro de improviso de tanque de quarentena. Se você tem a necessidade de montar um outro tanque rapidamente, você pode pegar um pouco de cascalho de um tanque estabelecido e colocá-lo no filtro de canto, e imediatamente, você terá um filtro biológico funcionando. Deste modo você pode tornar um balde de 5 galões em um rápido e barato tanque de hospital/quarentena em um instante.

Filtro Biológico de Cama

Lojas de peixes comunmente vendem filtros biológicos de cama (FBC´s) para iniciantes em "kits de aquário" porquê eles são baratos, e funcionam (por algum tempo). FBC´s funcionam por lentamente passando água pelo cascalho do leito do aquário, que senta sobre uma placa perfurada. A água pode ser bombeada com uma bombinha, com bolhas de ar levantando a água num tubo vertical preso na placa do filtro. Também, algumas pessoas preferem a corrente aumentada conseguido com bombas submersas, chamadas powerheads, presos aos mesmos lift tubes.

FBC´s fazem bons filtros biológicos, porquê a corrente lenta pelo cascalho favorece o crescimento de grandes colônias de bactérias benéficas que neutralizam a amônia tóxica. O problema é que FBC´s são filtros mecânicos terríveis. Fezes de peixes são puxados fora de vista dentro do cascalho. Antes que você saiba, o cascalho fica obstruído. Você tem então uma grande sujeira e um risco à saúde de seus peixes!

Uma solução parcial a este dilema é fazer funcionar o powerhead ao revéz, mandando água para cima pelo cascalho. Esta técnica é conhecida como Filtragem Biológica de Cama Revertida (FBCR); kits de conversão ou powerheads especiais podem ser comprados para conseguir isto. A entrada do powerhead é coberta com uma esponja porosa que serve para "prefiltrar" alguns dos detritos que podem obstruír o cascalho. Em prática atual, isto ajuda, mas é apenas uma solução parcial.

Se você escolher usar um FBC/FBCR, você deve regularmente aspirar o cascalho. Lojas de peixes vendem mangueiras de sifão com um acessório denominado "tubo de aspiração de boca larga" que "lava" o cascalho durante as suas trocas de água regulares. SE você limpar o seu cascalho regularmente, e manter uma frequente e regular rotina de aspiração de cascalho, FBC´s/FBCR´s são filtros de aquário econômicos e efetivos em aquários de água doce, e em aquários de água salgada levemente estocados só com peixes.

Filtros de Esponja

Filtros de esponja providenciam uma forma eficiente e barata de filtragem biológica. A água é forçada por uma espuma porosa, por um powerhead, ou por ar borbulhando por um tubo de airlift. Água fluindo pela esponja permite o crescimento de uma colônia de bactérias benéficas que neutralizam a amônia tóxica.

Um estilo de filtro de esponja usa duas esponjas presas a um tubo de airlift. Estes tem a vantagem que as esponjas podem ser limpas uma de cada vez, reduzindo as perdas de bactérias. Também, uma das esponjas pode ser removida e transferida a um tanque novo, trazendo consigo uma colônia de bactérias benéficas, e deste modo "dando um pulo no começo" da ciclagem de um tanque novo. Algumas lojas "iluminadas" de peixes vendem estes filtros de esponja dupla para clientes iniciantes quando vendem um kit de tanque. Eles retiram uma das esponjas novas da "caixa" e trocam por uma esponja velha estabelecida em um de seus tanques na sua loja que é carregado para casa em um saco plástico.

Filtros Externos

A maioria das pessoas concordam que filtros externos são muito mais fáceis de manter e podem ser tão econômicos quanto filtros biológicos de cama. Há vários estilos de filtros externos, mas o mais comum é pendurado na parte de trás do tanque. Um tubo de sifão puxa água do tanque dentro da caixa do filtro e passa a água por um filtro mecânico (típicamente um esponja de espuma porosa). A esponja também serve como um filtro biológico. Uma bomba interna então retorna a água filtrada dentro do aquário. Estes filtros externos vem em vários tamanhos apropriados de aquários pequenos a grandes.

A esponja de espuma pode ser fácilmente inspecionada para obstrução ou removida para a limpeza. Você deve limpar a esponja regularmente para remover os detritos sólidos antes que decomponham e se dissolvam devolta à água. É muito importante que quando você limpar a espuma porosa você não mate a colônia de bactérias com o uso de detergentes, ou água muito quente ou muito fria. Uma maneira fácil e segura é lavar a esponja de espuma no balde em que você acabou de drenar um pouco de água de seu tanque durante a sua rotina de trocas de água.

Filtros externos agora vem com vários tipos de "caprichos". A maioria permite a colocação de material filtrante para filtragem química, típicamente carvão ativado granulado, na passagem da água.

Um outro desenvolvimento nos últimos anos é o "wet-dry wheel" (chamado de biowheel por um fabricante). As colônias de bactérias benéficas que neutralizam a âmonia tóxica requerem um meio ambiente rico em oxigênio para crescer. O "wet-dry wheel" passa água sobre um dispositivo de roda de água que senta fora (na borda) do aquário. Esta roda rotativa maximiza o oxigênio disponível deixando uma grande colônia de bactérias florescer. Um desvantagem é que as rodas tem sido conhecidas a emperrar, então você precisa checar elas frequetemente. Sem contar este pequeno ponto, o "wet-dry wheel" é um excelente método para providenciar filtração biológica vigorosa.

O Canister filter

Canister filters tem algumas semelhanças com o "pendure no tanque" estilo de filtros externos, mas a diferença essencial é que canister filters são desenvolvidos para providenciar filtração mecânica mais poderosa. Típicamente, a água é bombeada, a uma pressão moderada por um material filtrante, como algodão de fibra de vidro, ou um cartucho de filtragem de micron. Canister filters são especialmente úteis em aquaria com grandes e numerosos comedores sujos que geram muitos detritos. Para estes filtros serem efetivos eles devem ser frequentemente limpos, para evitar a decomposição de resíduos de fezes na corrente de água.

Estes filtros geralmente sentam no chão abaixo do tanque, mas também podem pendurar no tanque, e em alguns designs até sentar dentro do tanque, em que caso eles são chamados de "filtro submerso". Alguns hobbyists prendem um "wet-dry wheel" para a saída do seu canister
para melhorar a capacidade de filtragem biológica deste tipo de sistema de filtragem.

Wet/Dry Filters

Também conhecidos como trickle filters, wet/dry filters funcionam no princípio de que as colônias de bactérias benéficas neutralizantes de amônia crescem melhor na presença de água bem oxigenada. Por "gotejando" água sobre gizinos de plástico não submersos ou outro material filtrante, wet/dry filters providem uma área bem grande de superfície ar/água. Eles vem em várias formas e tamanhos. O boom de aquários bem sucedidos de água salgada nos anos 80 pode ser ser atribuído ao uso deste tipo de filtro.

Muitas coisas podem ser usadas como o material filtrante, com os melhores provisionando grandes quantidades de área de superfície, enquanto ao mesmo tempo tendo grandes aberturas para reduzir a tendência de obstrução e assegurar a troca de gas eficiente. O problema de obstrução do material filtrante também pode ser reduzido pela prefiltragem da água com um filtro mecânico eficiente, e (quando usado) com um desnatador.

Desnatadores (também conhecidos como Foam Fractionators)

Desnatadores foram inicialmente desenvolvidos para uso em plantas industriais de tratamento de esgoto onde também são conhecidos pelo termo foam fractionator. Desnatadores tem a abilidade única de remover resíduos orgânicos ANTES que se decomponham! Este é um truque que é conseguido por tirando vantagem do fato que substâncias químicas orgânicas são atraídas para as superfícies de bolhas que são passadas em grandes números por uma coluna de água. A espuma é então "escumada" fora da água, enquanto que ao mesmo tempo removendo os detritos orgânicos. O processo de espumamento só funciona em uma água com alto pH e salinidade, e como resultado desnatadores são primáriamente para uso em áquarios de água salgada.

O desnatador é o maior responsável pelo boom em áquarios de recife nos anos 90, devido à alta qualidade da água possível com este tipo de filtragem. Um "state of the art" atual em sistemas de recife é baseado no uso de desnatadores e rochas vivas sem o uso de um filtro wet/dry. Esta escola de pensamento é conhecida como o "Método de Berlin".

Fluidized bed filters

Bem recentemente, alguns hobbyists tem reportado sucesso com um novo tipo de filtro que usa um fluidized bed de areia. Este filtro é mais ou menos similar em princípio ao filtro biológico de cama revertido mas com uma corrente de água muito maior. A corrente de água deixa a areia limpa de detritos, enquanto que ao mesmo tempo permitindo o desenvolvimento de grandes e eficientes colônias de bactérias benéficas. Problemas reportados incluem esgotamento de oxigênio e obstrução.

Denitrators

Um outro tipo especializado de filtro é desenvolvido para ajudar no controle da acumulação de nitratos, o produto final do processo de neutralização de amônia pela atividade biológica das bactérias. Estes caem em duas categorias, o bacterial anóxico, e os plant/algal scrubbers/espuma, açúcar era colocado, e a lenta passagem de água rapidamente ficou anóxica. Nestas condições anóxicas, bactérias iriam crescer e consumir o excesso de nitrato. Muitos aquaristas tem reportado fracasso em suas tentativas a esse tipo de filtragem.
(discutidos na próxima seção). Foi descoberto que colônias de bactérias que crescem em ambientes com pouco oxigênio podem ser arreiados para consumir nitrato biológicamente, e soltar o inofensivo gas de nitrogênio. Este método é conseguido em um de dois modos. O processo foi primeiro desenvolvido nos anos 80 com o uso de um sistema de caixa, espiral, ou um bloco poroso de espuma que permitia uma trasmissão bem lenta de água carregada de nitrato. Dentro da caixa/espiral

Mais recentemente, aquaristas tem desenvolvido condições anóxicas similares debaixo de placas enterradas em areia fina no fundo de seus tanques. Em sistemas de água salgada, estas camas de areia são referidas como "areia viva". Em sistemas plantados de água doce, substratos de grãos finos são deixados para desenvolverem zonas anóxicas que provavelmente também tem uma capacidade denitrificadora.

O método de Berlin em aquários de recife involve o uso de grandes quantidades de rochas vivas colhidas de recifes tropicais. Aquaristas reportam bom controle de nitrato em sistemas de rochas vivas, que, embora não entendido muito bem, provavelmente involve a denitrificação dos nitratos no interior das rochas. Uma outra escola de pensamento é que crescimentos pesados de algas calcáreas nas rochas vivas em aquários de recife no Método de Berlin consomem nitrato.

Algal Scrubbers

Algal srubbers usam algas vivas para fazer a "filtragem". A água é escorrida sobre uma malha de arame em um cocho debaixo de luzes fortes. Esta é uma forma controversial de filtragem para recifes e ecosistemas marinhos grandes inventados por Dr. Adey no Smithsonian. Alguns acreditam que é uma solução completa de filtragem, outros aclamam que seu uso leva a qualidade pobre da água e crescimento de algas no tanque também. Em aquários plantados de água doce o crescimento vigoroso de plantas tem sido observado de consumir benéficamente nitratos dissolvidos em excesso.

Resfriadores

Enquanto que não realmente uma filtragem, aquaristas de água salgada ocasionalmente tem a necessidade de abaixar a temperatura da água de seus aquários. Os altos níveis de luz necessários em aquaria de recife involvem um aumento de calor que se torna excessivo. O uso de um ventilador de luminária e a remoção do reator da vincinidade do tanque também pode ajudar. Bombas submersas também são uma fonte de calor indesejado, e como solução, aquaristas de recife favorecem as bombas "não submersas" devido a tranferência reduzida de calor para a água.

Uma fonte pouco reconhecida de controle de calor é pelo efeito natural de resfriamento por evaporação em filtros wet dry, e pela corrente de ar sobre a superfície do aquário. Todavia, resfriamento adicional é frequentemente requerido, especialmente em climas quentes.

Isto é conseguido com o uso de unidades de resfriamento do estilo "freon" similares aos refrigeradores de casa. Eles ou passam a água por uma unidade de troca de calor, ou passam um líquido refrigerante por um trocador de calor dentro do tanque. Aqueles resfriadores são caros mas poucas pessoas tiveram sucesso na construção "faça você mesmo" de resfriadores. (O tipo "dorm" de refrigerador não é forte o suficiente para ser de uso, no caso de você estar pensando sobre isto.)

Esterilização

Em aquaria especialmente sensitiva, infecções resultando de parasitas carregados pela água, fungus, bactérias e vírus podem causar problemas sérios. Esterilização de água é mais beneficial para criadores (como pode ajudar a controlar infecções de ovos que estão incubando), para filtração multi-tanque centralizada (para controlar o espalhamento de doenças entre tanques), e para montagens delicadas e/ou caras como grandes tanques e sistemas de recife (como uma medida de segurança). É importante lembrar que um aquário saudável depende de bactérias benéficas típicamente crescendo em materiais filtrantes dentro do seu filtro que neutralizam amônia. No máximo, seu esterilizador pode matar algumas criaturas patológicas carregadas pela água, mas a total esterilização não é possível nem desejável. Aquaristas que praticam procedimentos de quarentena prudentes para peixes recém adquiridos geralmente não precisam esterilizar.

Dois principais tipos de esterização são usados, injeção de ozônio e irradiação ultravioleta.:

Ozônio

Gás de ozônio é altamente reativo e é um poderoso oxidante de poluentes orgânicos, incluindo criaturas patológicas vivas. Um outro benefício do tratamento de água com gás de ozônio é que ele sistemáticamente reduz compostos orgânicos dissolvidos na corrente de água que aumenta a capacidade reserva da água para oxidar detritos orgânicos pelo aquário inteiro. Água carregada de ozônio também melhora a abilidade dos desnatadores para gerar espuma que aumenta a sua performance total.

Antes da descoberta do estilo de manutenção de recifes "Método de Berlin" com rochas vivas/desnatador, injeção de ozônio era considerado parte de um sistema de filtragem "state of the art", especialmente entre Europeus nos anos 80. A tendência de agora é para o mais simples & natural Método de Berlin. Embora que o uso de ozônio continua beneficial, ele está sendo menos usado em anos recentes entre donos de sistemas de recifes.

Gás de ozônio é produzido por dispositivos que criam uma faísca em ar seco. Como a umidade dramaticamente reduz a eficiência dos geradores de ozônio a maioria dos aquaristas optam para pré-tratar o ar para o ozonizador com um dehumificador. Gás de ozônio é altamente corrosivo, todos os elementos (especialmente borracha) que podem entrar em contato com o ozônio devem ser feitos de materiais seguros contra ozônio (comunmente silicone). Ozônio residual podem ser eficientemente tirado do ar passando o ar por carvão ativado. Ozônio não deve ser deixado entrar no seu aquário porque ele pode matar seus peixes e invertebrados e/ou danificar as bactérias benéficas no seu filtro biológico. Também, gás de ozônio é inseguro para respirar e pode causar irritação até em pequenas concentrações.

Esterilizadores de Raios Ultravioleta

Luz ultravioleta de alta densidade destrói o DNA em células vivas e pode ser um meio efetivo de controlar criaturas patológicas vivas. A luz UV mais efetiva é a luz de alta energia UV(C) mais ou menos no comprimento de onda de 250 Angstroms. Para ser efetivo, Esterilização UV (EUV) deve expor os as criaturas patológicas para uma intensidade de luz alta o suficiente por um periodo longo o suficiente de tempo. Martin Moe cita 35,000 a 100,000 microwatts por segundo por centímetro quadrado como a norma, que resolvendo dá 10 to 25 galões por hora por watt (ou menos para unidades que não estão operando em eficiência máxima).

Problemas comuns que podem reduzir a eficiência e taxa de morte são:

1. Deixando a água fluir muito rápido pela luz de UV.

2. Obstrução da luz devido ao acúmulo de depósitos de sal ou limo de bactérias na lâmpada.

3. Enfraquecimento da luz devido a idade da lâmpada (que típicamente tem uma vida de seis meses.)

A mesma propriedade desta luz que mata germes pode danificar seus olhos, e cuidado especial DEVE SER TOMADO para evitar contato com os olhos direta ou indiretamente com esta luz. (Isto é especialmente sério porque a danificação ocorre dentro dos olhos antes de você sentir qualquer dor. Pessoas demais já tem danificado seus olhos deste modo!) A luz UV(C) não penetra a água muito bem, então para ser efetivo, Esterilizadores de UV comunmente posicionam a lâmpada de UV perto da água que também posa um risco de choque elétrico caso a lâmpada quebre, etc.

Tem três tipos de Esterilizadores de UV:

1. Tipo bandeja. (Típicamente feito em casa) com lâmpadas de UV suspensas em uma fixação refletiva sobre uma bandeja rasa com água fluindo lentamente. Benefícios: fácilmente limpo, pode ser barato, pode ser feito grande o bastante para aplicações comerciais. Problemas: riscos de segurança para os seus olhos, muito grande e desajeitado para muitos usos caseiros.

2. Tipo de tubo, lâmpada molhada. Tipos de tubo tem o benefício de expor todos os lados do tubo de UV para a água sem refletor. A água passa diretamente pela a lâmpada que é montada em um tubo à prova d`água. Benefícios: barato, compacto & efetivo. Problemas: difícil para limpar as acumulações de limo da lâmpada, riscos de segurança devido à choque elétrico.

3. Tipo de tubo, lâmpada seca. Similar ao acima, mas o tubo de UV é envolvido por um tubo de quartzo (vidro bloqueia luz de UV(C)) isolando ele da água. Estes são mais caros e provavelmente mais seguros. Trocando a lâmpada é mais fácil e tipos de tubos secos podem ter um dispositivo interno para limpar o limo do tubo de quartzo. Alguns destes tipos vem com sensores para monitorar a intensidade da luz para permitir que você saiba quando repor/limpar a lâmpada, etc.