quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Artigo - Sistema DRY-WET

Sistema DRY-WET

Desenho copiado do livro: O Aquário Marinho e as Rochas Vivas (Sérgio Gomes)

VISÃO FRONTAL


VISÃO EM 3D SEGMENTADA



1ª FASE: Bandeja furada para melhor distribuição da água sobre o perlon.

2ª FASE: Passagem da água pelo perlon.

3º FASE: Bandeja furada para distribuir água pelos Bios Balls.


Este sistema de filtragem, sem dúvida nenhuma é muito superior aos filtros de fundo, apresentando inúmeras vantagens. É muito utilizado em países desenvolvidos inclusive em combinação com rochas vivas.
Os "Trickle Filters" ou Dry-Wet procuram manter uma área grande suficiente para a fixação de todas as bactérias necessárias ao equilíbrio do aquário. São considerados por alguns como o coração do aquário.
Nos livros sobre o assunto, os autores gastam páginas e páginas para explicar cada etapa do Dry-Wet. São desenhados filtros "Hi Tech" fantásticos com passagens espetaculares por denitrificadores, skimmers, carvão ativado, removedores de fosfato, dosadores, geradores e reatores de ozônio, reatores de CO2, válvulas de retenção, barras difusoras de água, termostatos, chillers (resfriadores), bolas (bio balls), camadas de perlon, cerâmica, corais moídos, medidores eletrônicos de Ph, potencial redox, termômetros de alta precisão, etc...
São, sem dúvida, equipamentos fantásticos, onde o aquarista conseguirá, com certeza, obter o sucesso esperado. Mas...e o custo de tudo isso???

Abaixo damos dicas para manter seu sistema Dry-Wet funcionando bem e por muito tempo.

  • Ter uma capacidade para bio-balls (bolas plásticas que servem para a fixação de bactérias) de pelo menos 10% da capacidade total do aquário.
  • Os bio-balls devem ser fabricados com um tipo de plástico atóxico (polietileno, nailon ou poliuretano) de boa qualidade, e podem ter formatos diversos.
  • A água deve ser bem distribuída por toda a extensão do filtro a fim de que todas as bolas recebam a queda d'água e permaneçam molhadas.
  • As bolas não devem ficar submersas, caso contrário, perde-se a maior vantagem deste sistema que é o contato direto das bactérias com o ar, fazendo com que elas consumam oxigênio sem retirá-lo da água, aumentando desta forma o teor de oxigênio dentro do aquário, melhorando a qualidade da água.
  • Evite que bolhas de ar espalhem-se pelo aquário, isto faria com que grande quantidade de sal fosse perdida, o que causaria problemas a longo prazo.
  • O local onde ficam os bio-balls deve ser escuro.
  • Não deve haver nenhum outro tipo de substrato com a finalidade de fixação de bactérias. Nem cascalho nem conchas moídas para evitar acúmulo de detritos que causaria queda no potencial redox, e conseqüentemente, na qualidade da água.
  • Para manter o Ph estável devemos manter uma reserva alcalina elevada. Para isso utilize um tamponador rigorosamente.
  • Forte circulação de água tanto no filtro como no aquário. Para um aquário de 200 litros, pelo menos 2.000 litros/hora no filtro e mais 2.000 litros/hora no aquário com jatos em diferentes direções para uma circulação mais eficiente da água.
  • A caixa de filtro pode ser atrás ou embaixo do aquário, dentro de algum móvel. No 2º caso cuidado com o retorno de água caso falte energia elétrica. Utilize uma boa válvula de retenção, que não deve conter nenhuma parte de metal.
  • A coleta de água do aquário deve ser feita pela superfície, evitando desta forma o acúmulo da camada gordurosa e alguns outros detritos que podem ficar em suspensão, além de efetuar uma melhor troca de gases.
  • O perlon não deve ser submerso. Para um melhor desempenho, deve-se colocar o perlon logo após uma placa de acrílico perfurada, aproveitando desta forma toda a extensão do perlon e conseguindo uma maior retirada de detritos.

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